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Com 20 anos de clube, Ziquinha é um ídolo da historia do Friburguense e em 2018 participou de mais uma temporada defendendo a camisa do Tricolor da Serra. Foram 24 jogos, 2 gols marcados e mais um capítulo nessa longa história que começou em 1998.
Ziquinha saiu de casa com 14 anos, com o objetivo de realizar o sonho do avô, que queria que ele fosse jogador de futebol. Passou pelas categorias de base de alguns clubes do interior de São Paulo, mas não conseguiu se firmar.
– Sai de casa com 14 anos, fui para Itu e fiquei no Ituano dos 14 aos 17 anos. Fui emprestado para o Guaçuanu, fiquei lá ate 1998, voltei para Itu e fui dispensado. Não era nem o meu sonho, era o sonho do meu avô, que me criou como filho. O sonho dele era que eu fosse jogador de futebol, então eu queria dar essa alegria para ele.
Dispensado, Ziquinha já estava de malas prontas para retornar para casa. Foi quando surgiu a oportunidade de fazer um teste do Friburguense. Ele confessa que até então nunca tinha ouvido falar do time, mas aproveitou a chance e mesmo com uma baixa estatura, algo que não era um quesito muito favorável, foi aprovado.
– Quando estava indo embora surgiu à oportunidade de ir para o Friburguense. Até então eu nunca tinha ouvido falar do Friburguense. No sul de Minas se fala muito do futebol Paulista e Mineiro, então acompanhava muito pouco o futebol Carioca. Cheguei aqui em 1998 e tinha 90% de chance de ser reprovado, já que Mimi não gostava de jogador pequeno. Mas tive fé em Deus, fiz o teste e fui aprovado. Joguei nos juniores de 1999, depois teve a Copa Rio e subi para o profissional.
Com 20 anos de clube muitas pessoas marcantes passaram pela vida de Ziquinha e por isso o atacante garante que possui muitos amigos ao longo dessa jornada.
– Seria até leviano de minha parte falar de uma pessoa. A cada ano vai acrescentando um jogador a mais nessa lista, então se eu falar de apenas um seria injusto. Eu tenho aqui no friburguense alguns que são mais que amigos, são irmãos e são pessoas que eu guardo no coração.
Maior artilheiro da história do Friburguense, Ziquinha já marcou 51 gols com a camisa do Frizão e ele escolhe um gol marcado contra o Audax como o mais importante por um motivo muito especial.
– Foi o gol contra o Audax. O primeiro gol que a Ana Julia veio no estádio. Mesmo ela pequena e ainda sem entender nada, me marcou porque eu sei que um dia ela vai olhar esse gol e falar o primeiro gol que meu pai fez comigo no estádio. Acho que isso vai ser muito gratificante para ela.
Com 38 anos Ziquinha sabe que a hora de pendurar as chuteiras se aproxima. Por isso evita fazer previsões, mas garante que seja dentro de campo, na comissão técnica ou na arquibancada espera ajudar o Friburguense a voltar para a elite do futebol carioca.
– Esse clube representa tudo para mim, então eu espero que volte para primeira divisão. Se vou jogar eu não sei, mas espero estar com saúde para ajudar dentro de campo. Mas se Deus achar que está na hora de parar, eu vou estar na arquibancada ou na comissão técnica tentando ajudar o Friburguense a voltar para primeira divisão de alguma maneira.
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