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Muito ou pouco?

Felipe Basilio
Comentarista Jornada Interativa
 
Em um campeonato tão equilibrado como o Brasileirão, não se pode dar bobeira. Quem estava parado na esquina há dez rodadas parece retomar o rumo. Quem hoje está por cima amanhã pode cair. Não vamos esquecer de olhar pelo retrovisor, pois três cores que traduzem tradição se aproximam.
Sendo assim, o pouco pode significar muito. O Atlético-GO, por exemplo, precisou de pouco tempo, dez minutos, para fazer dois gols no Botafogo e vencer por 2×0. Aliás…pode parecer muito, mas foi pouco. O Botafogo voltou a apresentar os mesmos problemas de quando joga longe do Engenhão: apatia, marcação frouxa e inoperância. Dessa vez as peças principais não renderam. Maicosuel, Cortês, Herrera, Loco…todos muito mal! Elkeson, longe de ser brilhante, ainda tentou algo. Até Caio Jr. o substituir (???). Enfim, uma atuação abaixo da crítica do alvinegro. Sorte que dos quatro primeiros colocados ninguém venceu. Mas o empate entre Vasco e Corinthians aumentou em mais um pontinho a distância pra liderança. Pouco? Talvez, no fim das contas, seja muito
 
A distância do Fluminense para os líderes parecia ser muito grande. Mas depois de boa sequência, o time de Abel Braga encosta. E agora falta pouco, seis pontinhos. Contra o Santos, um grande jogo! Neymar deu show e colocou o Peixe à frente. Mas Rafael Sóbis entrou no segundo tempo e mudou a cara do Fluminense, inclusive marcando o gol da virada. O que parecia tranquilo se complicou com a expulsão de Digão…e lá vem Marcio Rosário pro campo! E o time paulista empata aos 44 do segundo tempo! E agora? Fred? Rafael Sóbis…nãããooo…ele: Marcio Rosário, aos 50 minutos, garantiu a espetacular vitória tricolor por 3×2. O Fluzão chegou…
 
E chegou devido ao fato de ninguém ter disparado. Bem que o Vasco teve a chance contra o Corinthians. São Januário lotado, Felipe de volta no banco de reservas, dupla de ataque titular em campo…e Vascão na frente, gol de Dedé. Depois do empate corinthiano, a jogada forte cruzmaltina funcionou: tabela entre Fagner e Eder Luis e gol do lateral. No entanto, o Timão foi à luta e buscou a igualdade. De fato, o Corinthians ainda teve um pênalti não marcado a seu favor. E chances para vencer a partida, assim como o Vasco. Mas ficou tudo igual. A vitória, bem como a derrota, não significaria título. Poderia deixar um pouco mais próximo. No entanto, o empate por 2×2 não resolve nada e permite a aproximação de alguns…a dupla Fla-Flu que o diga…
 
Por falar em Fla, o que era dez jogos sem vencer se transformou em quatro partidas de invencibilidade. Uma vitória maiúscula sobre o São Paulo, 2×1, em pleno Morumbi que estava lotado para ver Luis Fabiano de volta ao tricolor! Mas os torcedores assistiram a um Flamengo bem organizado, marcando de maneira competente e que soube aproveitar a expulsão de Lucas para abrir o placar. Sofreu o empate, perdeu Willians…mas contou com a sorte em chute de Renato Abreu para vencer. Ouso dizer que Rogerio Ceni poderia ter defendido…mas como cobrar? O que ele e Felipe pegaram foi brincadeira! No fim das contas, melhor para o rubro-negro carioca, antes um pouco longe…agora muito mais perto da briga pelo título.
 
Agora…Muuuito quente estava em Bangu, no sábado! Nada mais nada menos que 42ºC! E um Friburguense inteligente no primeiro tempo, que contou com a estrela de Ricardinho para abrir o placar. Mas como comentamos…pouco tempo pode valer muito! E apenas 15 minutos da etapa final foram suficientes pro Bangu passar á frente no marcador. E poderia ter feito mais, desperdiçou vários contra ataques. Persistente, o tricolor de Gerson Andreotti foi buscar a virada em dois minutos: aos 40 e 42, com Bidu e Ricardinho – quinto gols do atacante em dois jogos em Moça Bonita neste ano. Vitória por 3×2 que classifica o Frizão para a próxima fase da Copa Rio. Diante do Macaé, no próximo sábado, em Nova Friburgo, a decisão do primeiro lugar do grupo B. Faltam nove jogos para a Copa do Brasil! Muito? Ou pouco?

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